segunda-feira, outubro 30, 2006

um ilustre lusitano...

Não foi um herói nacional e pouco mérito lhe é reconhecido,
Mas foi e será, um grande Barcelense, um ilustre Lusitano…

Monsenhor Alberto da Rocha Martins, padre, escritor, orador e jornalista, nasceu em Semelhe, Braga, em 8 de Julho 1917, e faleceu em 16 de Agosto de 1995, em Barcelos.
Frequentou os Seminários Arquidiocesanos de Braga, tendo obtido altas classificações.
Foi ordenado Sacerdote no dia 21 e celebrou a sua 1ª Missa no dia 29 de Setembro de 1940.
Em 1941, foi nomeado Prior de S. Martinho de Dume, freguesia suburbana da cidade de Braga, tendo exercido ali, intensa actividade pastoral até 1948. Durante este período de tempo, foi professor em colégios de Braga.
No referido ano de 1948, veio para Barcelos, onde passou a residir com o seu irmão, o saudoso Prior. Padre Alfredo da Rocha Martins, assumindo então a capelania do Senhor da Cruz.
Foi director-fundador do «Jornal de Barcelos», cargo que exerceu durante vários anos, e tendo colaborado em vários outros jornais e revistas, como «Diário do Minho», «Correio do Minho», «Debate», «Diário Ilustrado», «Diários de Noticias», «Povoa de Lanhoso», «Noticias de Guimarães», «a Rua», «O Barcelense»; «Celebração Litúrgica», etc…
Foi competentíssimo professor nos externatos locais «Alcaides de Faria» e «D. António Barroso» e ainda nos colégios do Coração de Jesus e D. Nuno, da Povoa de Varzim
Após a morte do Padre Alfredo da Rocha Martins, ocorrida em 29 de Dezembro de 1968, foi nomeado Prior de Barcelos.
Em 1979, foi elevado à dignidade de Dom Prior da Colegiada Barcelense pelo Arcebispo Primaz, D. Eurico Dias Nogueira.
Na mesma data Sua Santidade o Papa João Paulo II elevou-o à dignidade de Monsenhor na qual foi investido em soleníssima cerimónia, no dia 21 de Outubro do mesmo ano, tendo sido, simultaneamente distinguido pela Câmara Municipal com o título de «Cidadão Honorário de Barcelos».
Foi agraciado com a Medalha de Bons Serviços dos Bombeiros Voluntários de Barcelos de quem era Capelão, Medalha de Ouro – Serviços Distintos da Liga de Bombeiros Portugueses em 30 de Setembro de 1990, foi lhe atribuída a Medalha-Grau Ouro da Câmara Municipal de Barcelos.
Desde muito cedo, revelou grande aptidão para as letras, tendo publicado ao longo da sua vida várias obras literárias, tais como, «Debruçado sobre o Evangelho», «O Problema do Homem e a Realidade Divina», «Nossa Senhora da Franqueira», «Sonho e Certeza», «Um Sonho… Uma Vida… Uma Presença…», «Palavras de Saudade», «Brilhando ao Sol da Justiça».

A melhor maneira de homenagear este ilustre Lusitano, é fazer jús às suas palavras:

O homem é capaz de se entusiasmar e viver com emoção os grandes ideais, comovendo-se, até às lágrimas, perante os grandes heróis e os acontecimentos inesquecíveis. É capaz de se apaixonar diante de um herói, consagra-lo, e perenizá-lo através da palavra empolgante e sugestiva.

O silencio que, conforme a sabedoria, é de oiro, e a palavra que, podendo ser bela e explosiva, soa, passa, perde-se e morre…
Nesta perspectiva, penso que os grandes momentos da glória dum Povo, deveriam ser exaltados no silêncio profundo e respeitoso de homenagem à sua grandeza.
Silêncio de gratidão ao seu esforço, à sua coragem e ao seu martírio. Silêncio que, no mistério da sua eloquência, perenizasse a sua obra imortal.
O silêncio é fecundo! O silêncio é Irradiante!

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